Em nove meses de pandemia, Búzios teve bons e péssimos momentos diante da pandemia da Covid-19.
Em março foi decretado o ‘lockdown’, isto é, o fechamento da cidade e rígidas regras restritivas, assim como em diversas cidades, não somente da Região dos Lagos como em todo Brasil. Clique AQUI e relembre os dez primeiros dias da ‘quarentena’. Importante ressaltar que também havia Decreto Estadual que apontava o mesmo caminho.
Em abril, Búzios registrou os primeiros casos confirmados de coronavírus. Vale ressaltar que na época o prefeito era André Granado, hoje afastado do cargo pela Justiça, e a transparência do governo começou a ser questionada, já que verbas estavam chegando em Búzios, no entanto, a população não via com clareza o destino dos montantes. Nem mesmo a divulgação de quantos testes já tinham sido realizados. Era muita dificuldade para se conseguir uma informação de qualidade.
Em maio as primeiras praias começaram a ser flexibilizadas, desde que o frequentador utilizasse máscara. Relembre AQUI.
Em junho, com uma flexibilização um pouco maior, novos casos surgiram, mesmo com uma possível subnotificação dos números. Era a primeira vez que Búzios passava dos 100 casos em um mês.
Em julho, a cidade teve um fluxo maior de turistas, principalmente em condomínios. Nesse mês, na época vice-prefeito e hoje prefeito em exercício Henrique Gomes anunciou que contraiu o coronavírus. Relembre AQUI.
Agosto foi o mês que já se discutia eleição e fora divulgada nova data para o pleito que aconteceu em novembro. Enquanto isso, o governo Federal, através do presidente Jair Bolsonaro continuava com a postura irresponsável e um ‘negacionismo’ cruel e covarde, menosprezando vidas interrompidas pela doença, chegou a declarar em cadeia nacional ser uma ‘gripezinha’.
Tais declarações e comportamento abjeto diante da pior crise sanitária mundial nos últimos cem anos ocasionaram reflexos negativos, principalmente no exterior e em um dos setores mais prejudicados na crise, que foi o turismo, e um dos primeiros a parar, a pauta chegou a ser noticiada em jornais nacionais e internacionais, como na coluna do Ancelmo Gois, no jornal O Globo, como você pode conferir AQUI.
Em setembro, com mais calor, principalmente no estado do Rio de Janeiro, maior fluxo de turistas começaram a frequentar a cidade, ao mesmo tempo, a fiscalização municipal foi diminuída e também a responsabilidade dos moradores já não era a mesma, era fácil ver pessoas sem máscaras em todos os bairros da cidade.
Em outubro, o desrespeito quanto aos protocolos estabelecidos e o fluxo de turistas se somaram ao início da campanha política. Era previsível o que aconteceria. Como você pode conferir AQUI.
Em novembro, Búzios bateu um recorde de casos confirmados, foram 597. O número pode estar relacionado à alguns fatores, tais como: como o prefeito André foi afastado no final do mês de outubro, Búzios estava sob nova gestão, a de Henrique Gomes. Henrique leva a crise sanitária de forma mais responsável e uma das medidas iniciais foi a compra de mais de 30 mil testes, para que se realizasse testagem em massa da população. E quanto mais se testa, mais casos são confirmados. Tal aumento também pode estar atrelado à campanha política. Era comum cenas de vereadores, candidatos, políticos em geral e população em aglomerações, diversos deles sem máscaras. Um terceiro fator pode ser o fluxo de turistas sem máscara, assim como moradores, e fiscalização frágil até o surgimento de novo protocolo.
O Decreto atual prevê multa para quem não usar máscara, como você pode conferir AQUI. Búzios totaliza 1.200 casos confirmados no total e 16 óbitos.
O momento é de prevenção, não existe remédio ou vacina. Então cuide-se, você se cuidando estará cuidando do próximo. Use máscara!
Veja quantos novos casos em Búzios por mês
