Cientistas e pesquisadores afirmam que a melhor forma de controlar uma epidemia é entender como ela avança.
Um dos grandes problemas no Brasil, para que se entenda melhor a evolução do vírus, é o baixo número de testes que são realizados.
Até o dia 26 de abril, o Brasil contabilizou oficialmente 63584 casos confirmados e 4.300 mortes, contudo, esse número pode apontar uma subnotificação de casos. Muitas mortes estão sendo identificadas como ‘caso indeterminado’.
De acordo com o Ministério da Saúde, ainda existem quase 4 mil mortes em investigação (3.843) e 2.771 que nem sequer serão investigadas, já que o material para análise não fora coletado. Também de acordo com o SUS, até meados de março, as internações por problemas pulmonares graves foram dez vezes maior se comparado com o mesmo período do ano passado.

Muitos desses pacientes não fizeram o teste para Covid-19. A falta de testes não corre somente no Brasil, mas o país está muito abaixo dos outros em análise de testes. As poucas testagens têm sido preferencialmente direcionadas para trabalhadores da Saúde e pacientes em estado grave. Existe também um tempo estimado em duas semanas para que os resultados sejam apresentados.
Fora as poucas testagem, especialistas afirmam que o Brasil já tem um histórico em certa demora para fazer o registro no sistema, em alguns lugares fichas ainda são preenchidas a mão antes de digitalizadas.
Outro problema que corrobora com a subnotificação, de acordo com fonte exclusiva, no SUS, na cidade do Rio de Janeiro ‘nessa semana o sistema esteve alguns dias fora do ar’. Isto é, casos serão notificados, no entanto, com atraso.
O portal Covid-19, que reúne a USP, UnB, entre outros, aponta um estudo que o Brasil pode ter números até quinze vezes maiores do que os registrados oficialmente até o momento.
Para o ministro da Saúde Nelson Teich, “é inviável fazer testagem em massa” no Brasil. Esse é mais um motivo para que toda a população siga orientações de órgãos técnicos de saúde, como a OMS, por exemplo.
Importante ressaltar que a forma de contágio é extremamente rápida, por isso as medidas de isolamento e distanciamento são importantes. Pessoas que não apresentam sintomas ou demoram até sentir os sintomas, são possíveis transmissores da Covid-19. E o grande problema de muitas pessoas infectadas ao mesmo tempo é que o sistema de saúde pode entrar em colapso, não conseguindo atender todos os doentes.
A única forma eficiente de combate ao Coronavírus no momento é a prevenção. A higienização deve ser constante, com álcool 70, além de água e sabão. O uso de máscara também é recomendado, no entanto, é necessário tomar os devidos cuidados com o equipamento de proteção. E logico, se puder, fique em casa.
Capa: ilustração do G1
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