Sem turismo, cidades da Região dos Lagos amargam dura crise. Governantes têm feito muito menos que deveriam.
Búzios tem no Turismo sua principal atividade econômica, já que estabelecimentos e serviços do setor estão desativados, até mesmo a entrada da cidade está fechada para turistas, o governo municipal deveria fazer algo para os trabalhadores e empresários do setor. Importante ressaltar que as medidas de segurança para a saúde da população seguem os protocolos estabelecidos pelas autoridades da Saúde.
Recentemente, o governo municipal anunciou uma compra de quase 400 mil em material gráfico para informar à população sobre o Coronavírus, e sem licitação, situação permitida em casos de cidades que decretam calamidade, que é o caso de Búzios. Não seria mais interessante distribuir essa verba para quem está sem renda? (Obs: a compra de material gráfico é apenas um exemplo, mas também existem outros gastos dos quais as prioridades são questionáveis / Obs2: se fizer a distribuição do valor citado dará mais de 10 Reais para todos os habitantes, incluindo a classe alta, políticos com mandato e empregados formais que não se enquadram na questão)
Búzios anunciou distribuição de cestas básicas para famílias de estudantes da rede municipal de ensino. Muito pouco comparado ao tamanho da fartura dos cofres públicos. O valor estimado de arrecadação para 2020 era de 300 Milhões de Reais no início do ano, isso para pouco mais de 30 mil habitantes da cidade.
Cidades como Macaé e Niterói estão apoiando financeiramente seus munícipes, para que a economia não quebre. Programas sociais de ambas as cidades são exemplos, já que o aporte financeiro dá a obrigatoriedade de gastar em comércio local, isto é, a economia gira na cidade e a verba é proveniente de Royalties. Agora, em momento de crise, recursos foram antecipados de programas sociais que já existem.
O governo do Estado também não apresentou nenhum projeto que venha beneficiar a Região os Lagos em forma de apoio financeiro.
Já o governo Federal a situação é ainda pior. Com projetos aprovados pela Câmara e Senado, a presidência ainda não repassou o apoio para a população. Contrariando seus próprios argumentos baseado em que ‘a economia não pode parar’. Caso houvesse esse interesse ou vontade política de aporte à economia, ou ao povo, o valor já deveria estar sendo entregue à população mais carente, microempresários, trabalhadores informais, entre outros. Situação contrária ao tratamento recebido por bancos. Uma preocupação com que fora notada pela agilidade e montante dos recursos provenientes de verba pública.
Nada disso é considerado caridade do governo, são os impostos de anos voltando para as mãos de seus verdadeiros donos no memento de uma crise sem precedentes.
Por Sergio Menna Barreto, Jornalista