Gestão caótica do controle sanitário no Brasil contribui para a demora da retomada do turismo internacional no país.
Como temos acompanhado nos feriados em 2021, turismo doméstico deve marcar o Verão 2022.
A tendência não ocorre somente no Brasil, países europeus, China e Estados Unidos, por exemplo, também estão com o turismo doméstico em alta, principalmente pelo fechamento de fronteiras e exigências específicas para entrar em diversos países no último ano.
De acordo com a Organização Mundial do Turismo (OMT), chegadas de turistas internacionais despencaram 83% no primeiro trimestre de 2021. Ainda de acordo com a OMT, em geral, 60% dos especialistas do setor, esperam um aumento em 2022, contudo, metade deles acredita que os níveis não serão como os mesmo de 2019 ao menos até 2024.
Para a América Latina, a tendência de melhora pode tardar um pouco mais, principalmente no Brasil, local onde o receio por parte de turistas estrangeiros ainda é muito grande, por conta da falta de liderança no combate à pandemia, o que foi comprovado em eventos da OMT. De acordo com informações da entidade, países onde governantes levaram à sério o risco da pandemia estão conseguindo atrair o turista estrangeiro com maior facilidade.
A previsão de retomada para o turismo internacional fica para 2022, com recuperação prevista para 2023 e 2024 para a grande maioria dos países.
No Brasil, mesmo com a desvalorização do Real diante a maioria das moedas do mundo, o turismo internacional só deve voltar à patamares de 2019, em 2024, um dos principais motivos é que a classificação de segurança sanitária no país ainda é baixa na visão dos principais países do mundo.
Em 2020, publicamos sobre os prejuízos que o presidente Jair Bolsonaro poderia gerar para a retomada do turismo internacional no Brasil (leia aqui).

Câmbio e ‘passaporte da vacina’
Por enquanto, meados de dezembro, mesmo com a recomendação da Anvisa para a cobrança de ‘passaporte da vacina’, isto é, a comprovação de que a vacina fora tomada pelo turista, o Governo Federal ainda não estipulou essa regra que vem sendo adotada em quase todas as partes do mundo.
Especialistas acreditam que atitude que pode deixar o Brasil com fama de ‘destino turístico antivacina’, e o pior, as chances de surgimento de novas variantes aumenta, além de sobrecarregar o Sistema Único de Saúde (SUS), caso contraiam o vírus no Brasil.
E os brasileiros devem visitar os destinos turísticos domésticos, principalmente pelo câmbio entre o Real e outras moedas, mais uma consequência da política econômica do atual governo, que também inclui recessão, inflação e o desemprego em alta.
Um comentário