Na terça-feira (27), o Senado instalou comissão para investigar o Governo Federal, Casa Civil já havia preparado lista com 23 acusações para nortear ministérios.
Omar Aziz (PSD-AM) foi eleito presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito e Randolfe Rodrigues (Rede-AP), para vice-presidente. O escolhido para relatar os trabalhos foi Renan Calheiros (MDB-AL).
A CPI tem o objetivo de investigar omissões e avaliar as ações do governo diante a gravidade da pandemia no Brasil, também irão analisar recursos federais destinados aos estados e municípios.
O negacionismo propagado pelo Governo Federal ficou evidente durante a crise sanitária, a CPI tem a responsabilidade de apurar quem são os responsáveis pela devastação humanitária, desde o descaso para a compra de vacinas até a divulgação e investimento em remédios sem comprovação cientifica de eficácia contra a Covid-19.
Casa Civil elabora defesa do governo
De acordo com o portal UOL, no domingo (25) a Casa Civil da Presidência da República elaborou uma lista com 23 acusações frequentes e enviou para 13 ministérios. Confira a lista no final desta matéria.
Vale ressaltar que o Brasil tem sido referência negativa mundial no combate a pandemia. Uma das revistas científicas mais respeitadas do mundo, a ‘Nature’, publicou recentemente que o presidente Jair Bolsonaro criou uma ‘crise épica na saúde pública’, o que os números comprovam. Ainda de acordo com a publicação, o Brasil que tem aproximadamente 3% da população do planeta, registrou 13% de todos os óbitos pela doença.
“Bolsonaro, uma figura polarizadora, vem contradizendo a opinião científica desde o início da pandemia”, publicou a ‘Nature’, que ainda lembrou que nem mesmo a máscara facial o presidente do Brasil quis usar.

Tradução:
‘Estamos sendo ignorados’: os pesquisadores do Brasil culpam o governo anticientífico pelo aumento devastador de COVID
Os pesquisadores dizem que a administração do presidente Jair Bolsonaro minou a ciência durante uma crise de saúde pública épica.
Confira a lista enviada pela Casa Civil
1 – O governo foi negligente com processo de aquisição e desacreditou a eficácia da CoronaVac (que atualmente se encontra no Programa Nacional de Imunização).
2 – O governo minimizou a gravidade da pandemia (negacionismo).
3 – O governo não incentivou a adoção de medidas restritivas.
4 – O governo promoveu tratamento precoce sem evidências científicas comprovadas.
5 – O governo retardou e negligenciou o enfrentamento à crise no Amazonas.
6 – O governo não promoveu campanhas de prevenção à Covid.
7 – O governo não coordenou o enfrentamento à pandemia em âmbito nacional.
8 – O governo entregou a gestão do Ministério da Saúde, durante a crise, a gestores não especializados (militarização do Ministério da Saúde).
9 – O governo demorou a pagar o auxílio-emergencial.
10 – Ineficácia do Pronampe, programa voltado para micro e pequenas empresas.
11 – O governo politizou a pandemia.
12 – O governo falhou na implementação da testagem (deixou vencer os testes).
13 – Falta de insumos diversos (kit intubação).
14 – Atraso no repasse de recursos para os estados destinados à habilitação de leitos de UTI.
15 – Genocídio de indígenas.
16 – O governo atrasou na instalação do Comitê de Combate à Covid.
17 – O governo não foi transparente nem elaborou um plano de comunicação de enfrentamento à Covid.
18 – O governo não cumpriu as auditorias do TCU durante a pandemia.
19 – Brasil se tornou o epicentro da pandemia e “covidário” de novas cepas pela inação do governo.
20- General Pazuello (o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello), general Braga Netto (o ex-ministro da Casa Civil e atual ministro da Defesa) e diversos militares não apresentaram diretrizes estratégicas para o combate à Covid.
21- O presidente Bolsonaro pressionou Mandetta e Teich (os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich) para obrigá-los a defender o uso da hidroxicloroquina.
22 – O governo federal recusou 70 milhões de doses da vacina da Pfizer.
23 – O governo federal fabricou e disseminou fake news sobre a pandemia por intermédio do seu gabinete do ódio.
Foto de Capa: Edilson Rodrigues / Agência Senado
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