A destruição que vem estampando capas de jornais e revistas do mundo inteiro precisa ser combatida por todos.
Logicamente que não estou falando que as pessoas têm que ir até a floresta apagar o fogo, mas todos podem colaborar.
Atos, manifestações públicas, abaixo-assinado, contribuição financeira são algumas formas de colaborar. Outra muito importante é colaborar com que informações verdadeiras sejam difundidas, principalmente no momento atual que a contrainformação e notícias falsas são compartilhadas diariamente de forma, no mínimo, irresponsável.
Vejamos. Temos cientistas, especialistas, satélites, equipamentos de última geração, números são gerados. Por que alguns insistem em tentar descredibilizar? Suspeitamos, mas não vamos afirmar. Mas temos certeza que isso não ajuda a identificar e resolver o problema. A floresta primária que está sendo destruída possui incontáveis vidas, uma biodiversidade inigualável, a importância da floresta será sempre maior que qualquer justificativa.

Agronegócio e mineração
Não é de hoje que a preocupação com a Amazônia aumenta, o próprio presidente já alegou que pretende explorar ou liberar para que explorem a floresta, contudo, não entende que o risco ambiental pode ser catastrófico, é o equilíbrio ecológico do mundo, o equilíbrio climático, principalmente.
Derrubar florestas para fazer pasto além de cruel, destrutivo e ganancioso, não é sustentável. Plantar soja, ou outra monocultura, também é péssima ideia, até porque o alimento plantado vai para a alimentação do gado e para o exterior em grande maioria, para quem não sabe, aproximadamente 80% da alimentação que temos em nossas casas vêm dos pequenos agricultores e da agricultura familiar.
Outra questão não divulgada: com a destruição das florestas será necessário utilizar muito mais água, já que as chuvas serão deslocadas, muito provavelmente com maior intensidade no oceano. Não podemos provar, no entanto, estudos apontam para isso. Quer pagar pra ver? Vale ressaltar que um quinto da água potável do planta está na Amazônia, não seria nada inteligente contamina-la.
Política ambiental às avessas
A política ambiental implantada por este governo não parece ter um objetivo coerente. Vejamos. Em matéria publicada no globo.com, no dia 03 de agosto, diz “Governo publica mais de 500 autorizações de desmatamento horas após assinar compromisso de preservação”. Não pode um governo falar uma coisa e fazer outra.
Consequências: comunidade internacional se preocupa com as políticas adotadas e com o fogo que corrói a floresta há mais de 20 dias. Agora é necessário que tenham ações emergenciais, já que não houve ação preventiva.
Nas ações emergenciais estão o aporte financeiro de países, principalmente europeus, contudo, não chega nem perto da quantia que tínhamos com o Fundo da Amazônia, que bem recentemente o Brasil, leia se governo, abriu mão.
Especialistas já afirmam que ‘é a maior crise internacional do Brasil nos últimos 50 anos’. Até mesmo sanções econômicas foram cogitadas por líderes mundiais, o que era impensável ocorrer desde a redemocratização do Brasil (1988). O Papa Francisco também se manifestou e pediu que “líderes mundiais salvem a Amazônia”.
É necessário que o IBAMA também volte a atuar na região. Em edição on-line da BBC Brasil, foi publicado em 23 de agosto, que ‘Queimadas disparam, mas multas do IBAMA despencam sob Bolsonaro”.
Dados confirmados pelo Ministério do Meio Ambiente e Inpe. Inclusive, de acordo com o Instituto, são 34.278 focos de queimadas de 01 de agosto até 19 de agosto, em julho o número havia sido de 13.394 focos, em junho 7.258.
Vale lembrar que o Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, é questionado por diversos órgãos lideranças e ONGs ambientais, o ministro questiona, por exemplo, ‘a contribuição humana no aquecimento global’, conforme publicado na página oficial do Senado Federal. Também nos faz lembrar o que o presidente Bolsonaro disse, ironizando entidades ambientais, ao anunciar Salles como ministro: ‘se estão reclamando é porque fiz a coisa certa’.
Publicações nacionais e internaicionais alertam
Grave denúncia de Crime Ambiental
Em um furo de reportagem, o Globo Rural do dia 25 de agosto, publicou que “Governo foi alertado do ‘Dia do Fogo’ três dias antes. De acordo com a reportagem, ‘comerciantes, grileiros, entre outros, combinaram através de grupos de troca de mensagens”.
Na média dos últimos 15 anos, as queimadas estão 39% maior neste ano. De acordo com dados técnicos, a umidade na Amazônia está maior comparada com a média dos últimos anos, e ‘não são fenômenos naturais que estão causando as queimadas e sim o desmatamento’.
Manifestações pelo mundo, Brasil e em Búzios
São manifestações em todo mundo acorrendo há alguns dias, e em Búzios está marcada a manifestação na quarta-feira (28), 16h, na Praça Santos Dumont.
Fontes, dados estatísticos e leitura complementar