Contribuintes têm questionado os números de novos casos da Covid-19 divulgados pela prefeitura de Búzios, e acabam sem respostas.
Em dezembro de 2020, Búzios divulgou recorde de novos casos, foram 1.496 novos casos em dezembro e 14 óbitos. Indiscutível o mês mais crítico durante a pandemia, superando, e muito, novembro, que até então era o mês com mais casos: 597 novos casos e seis óbitos.
Nesse período o prefeito em exercício era Henrique Gomes, que resolveu fazer o que não havia sido feito até então, a testagem em massa da população.
Curiosamente, após as festas de final de ano e as constantes aglomeração vistas até meados de janeiro, e com incontáveis pessoas desrespeitando protocolos, como o simples uso de máscaras, já com o novo prefeito, Alexandre Martins, os números despencaram em janeiro.
A prefeitura divulgou no primeiro mês de 2021, 333 novos casos e nenhum óbito registado. Já em fevereiro, 169 casos e dois óbitos.
Esses números são surpreendentes, até mesmo para uma explicação científica, tendo em vista que no dia 02 de março, o Brasil que está com a pandemia completamente descontrolada, bateu um novo triste recorde: 1.726 óbitos em 24h, o que corresponde a uma vida perdida pela Covid-19 no Brasil a cada 50 segundos. Tendo o número de 257.562 mortes no país até essa data.
Vele ressaltar que, o mundo tem registrado queda nos casos de contaminados e óbitos, números também impulsionados pela vacinação, enquanto isso no Brasil, os números dispararam, temos nove estados com ocupação de leitos superando a marca dos 90% (veja o mapa), e a campanha de vacinação é uma das mais lentas do planeta.

Sugestão que visa maior transparência
Nas postagens de divulgação dos números de casos, divulgados pela prefeitura de Búzios, diversas pessoas, em diversas postagens diferentes, questionam a transparência nos números. A população acaba ficando sem respostas, já que ninguém responde, o que somente acumula as dúvidas e as suspeitas de subnotificação.
Pensando nisso, tivemos uma ideia para amenizar as dúvidas dos contribuintes. Informações simples que preencheriam os buracos da conta que não fecha.
Caso a prefeitura colocasse nas artes informativas o número de testados no dia e o número de transferências feitas, e quantos retornaram ao município após transferência. Com essas simples informações, os números poderiam ficar mais próximos à realidade.
Todos sabem que quando não se testa, não pode ser confirmado novo caso e quando é feita transferência, por muitas vezes, no Brasil inteiro, acaba caindo na ‘conta’ de outro município. Com maior transparência na informação, muito provavelmente as pessoas poderiam estar se prevenindo de forma adequada, muito diferente do que vemos no cotidiano.

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