Búzios tem aumento significativo dos casos confirmados de coronavírus, desde que o prefeito foi afastado. Subnotificação dos números e maior testagem podem estar associados. Prefeitura anuncia testagem em massa.
No dia 26 de fevereiro, São Paulo registrou o primeiro caso da doença no Brasil, um homem de 61 anos que havia acabado de fazer uma viagem à Itália. No dia 12 de março foi registrada a primeira morte. Era só o começo de mortes em escala.
No dia primeiro de novembro, Brasil alcançou a marca de mais de 160 mil óbitos desde o começo da pandemia. Já são mais de 5,5 milhões de casos confirmados no país.
De acordo com os dados do consórcio dos veículos de imprensa, composto por G1, O Globo, Estadão, Folha, UOL e Extra, o total de infectados no Brasil é de 5.544.815 e 106.104 óbitos em decorrência da Covid-19 desde o início da pandemia (até 01 de novembro). Neste momento são mais de 404 mil em acompanhamento. (Números correspondentes até o dia 01/11)
Brasileiros de diferentes faixas etárias e classes sociais se foram, alguns famosos que o Brasil perdeu foram o compositor Aldir Blanc, o jornalista Rodrigo Rodrigues e o artista plástico Daniel Azulay, entre outros.
Os números poderiam ser maiores, caso medidas como isolamento social, uso de máscaras e higienização não fossem tomadas. Para o infectologista Júlio Croda, as medidas precisam continuar, “para atingir 150 mil e não 200 mil mortos. Não podemos naturalizar mortes e sofrimento”, disse o infectologista em agosto.
“NÃO PODEMOS NATURALIZAR MORTES E SOFRIMENTO”,
Do início da pandemia, no Brasil, até hoje, foram três ministros. Os dois antecessores eram médicos e com especializações na área da Saúde, no entanto, dia 15 de maio, o presidente optou por colocar o interino Eduardo Pazuelo para administrar o Ministério da Saúde, no entanto, o militar de carreira não tem nenhuma formação na área. As mudanças não pararam por aí, técnicos, médicos e cientistas também foram exonerados da pasta e substituídos por militares, também sem formação em Saúde.
O negacionismo constante do presidente foi inclusive contra a Constituição, que diz que ‘todo brasileiro tem direito a saúde’, em seu atrigo 196. De acordo com o artigo, governantes precisam se esforçar nos âmbitos sociais e econômicos para cumprir a Lei.
Enquanto parte da população do Brasil observava apreensivo o que aconteceria, o presidente Jair Bolsonaro minimizava a doença, chegou a chamar de ‘gripezinha’.
Testagem em Búzios
O Brasil é o segundo país do mundo com maior número de mortes por coronavírus, atrás dos Estados Unidos. Já no número de casos confirmados, o Brasil fica em terceiro, tendo EUA e Índia como recordistas.
Vale ressaltar, que o número pode estar subnotificado, já que o Brasil é um dos países que menos testa no mundo. Em julho, por exemplo, a média era de 13,7 testes a cada mil habitantes, de acordo com o Ministério da Saúde. Índice que coloca o Brasil na 50ª posição no ranking mundial de testagem, de acordo com a Universidade de Oxford.
Em Búzios, faltou transparência no número de testados e sobrou reclamações da população que não conseguia realizar testes. No dia 09 de novembro, o Painel da Prefeitura de Búzios indicava 657 casos confirmados, 66 casos confirmados em investigação domiciliar e onze óbitos. O número de óbitos em Búzios é diferente no Painel do Estado/RJ, por lá as mortes já são 16.
Fora necessário o prefeito André Granado ser afastado para que o óbvio acontecesse. A prefeitura anunciou nesta semana a testagem em massa da população, mais de 30 mil testes serão utilizados. Confira o calendário inicial.

Para que o país saia da situação de crise sanitária, somente a vacinação em massa da população resolve. Politizar essa discussão é algo sem fundamento, a questão é de saúde pública, ciência e não política. Por enquanto não tem vacina, então continue seguindo os protocolos de prevenção, como o uso de máscara, higienização e distanciamento social. Cuidando de si, o cidadão estará cuidando da coletividade.
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