A frase que remete a inoperância do governo brasileiro é da microbiologista Natalia Pasternak, em entrevista ao jornal O Globo.
No dia 26 de fevereiro de 2020 foi confirmado o primeiro caso da Covid-19 no Brasil, em São Paulo, de um brasileiro que havia acabado de retornar de uma viagem feita à Itália.
De lá para cá uma sucessão de erros que fez com que o Brasil chegasse a infeliz marca, em 24 de fevereiro de 2021, de 10.260.621 casos confirmados e 250.079 óbitos. Marca alcançada apenas pelos EUA, que chegou aos 502.660 óbitos.
O governo brasileiro demorou muito a tomar decisões importantes, como reservar vacinas, mesmo tendo havido contato de empresas fabricantes. Mas a inoperância foi constante diante à trágica realidade.
“Como seria se o país tivesse enfrentado a pandemia de maneira coletiva e organizada? Como teria sido com líderes dando o exemplo? Tivemos o contrário: líderes dando o mau exemplo. Incitaram as pessoas a achar que não era sério, a não usar máscara e se aglomerar à vontade”, disse a microbiologista na entrevista.
Ainda na entrevista, a Dra. Natalia Pasternak critica a desinformação:
“A gente precisa falar a mesma língua não só sobre a vacina, mas nas medidas de prevenção. Há um ano era compreensível as pessoas não entenderem por que temos que usar máscara e não fazer aglomeração. Um ano depois, a gente ainda precisa insistir nisso. Não basta saber da vacina, se esquecermos das outras medidas que precisam, ainda, ser usadas. Talvez agora precisem ser usadas até de forma mais enfática”, disse a microbiologista Natalia Pasternak.
Importante lembrar que, nesta semana o Brasil bateu novo recorde de casos confirmados em um único dia, a média das últimas semanas está de mais de mil casos diários.
Não temos vacina para todos, tampouco previsão para tal. Todas as medidas e regras sanitárias devem ser mantidas, como o uso de máscara, higienização constante e evitar aglomerações.
