País supera estimativas mais pessimistas e se governo federal não continuar com boicote, poderemos ser vacinados em breve.
Em agosto de 2020, publicamos matéria alertando sobre os cuidados para o enfrentamento à pandemia da Covid-19. No texto, o infectologista Júlio Croda alertava sobre a importância do isolamento social, uso de máscaras e constante higienização.
“Para atingir 150 mil e não 200 mil mortes. Não podemos naturalizar mortes e sofrimento”.
Júlio Croda, Infectologista
O infectologista disse em agosto, quando eram três milhões de infectados e 100 mil óbitos.
Contudo, as regras para evitar a Covid-19 continuaram sendo desrespeitadas e assim passamos dos 200 mil óbitos e mais de oito milhões de infectados. Especialistas ainda alegam que o número total pode ser superior, que existe uma subnotificação, análise compartilhada por um dos ex-ministros da Saúde que atuou durante a pandemia, Nelson Teich, que disse em dezembro de 2020, que as mortes já estariam em ‘230 mil’.
Já o presidente Jair Bolsonaro, desde o início da pandemia, parece fazer de tudo para que a tragédia continue crescendo. Inclusive, chegou a demitir dois ministros da Saúde que são médicos e com especialização, optando por colocar um militar, que no começo era interino e agora efetivado, Ministro Eduardo Pazuelo.
O presidente em atuação pífia para combater a doença, desdenhou da pandemia desde o início, algumas frases ditas: “e daí”, “todos nós vamos morrer um dia” e “não sou coveiro”, quando questionado sobre mortes de brasileiros, chegou a chamar a doença mortal de “gripezinha”. Veja AQUI outras frases de um negacionismo irresponsável ditas pelo presidente.
No Ministério da Saúde, antes, até mesmo balanços diários e informes eram feitos, hoje, corremos o risco de não ter seringas para todos os brasileiros. No pregão realizado recentemente, o governo Federal adquiriu menos de 3% dos insumos necessários, como seringas e agulhas.
Vacina
A vacina finalmente foi descoberta, dois diferentes tipos estão sendo avaliados pela Anvisa, uma que tem parceria com o Instituto Butantan e outra pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Contudo, o presidente Bolsonaro continua prejudicando a vida dos brasileiros, estimulando a confusão, principalmente quando diz frases do tipo: “eu não vou tomar a vacina e ponto final”, frase dita em dezembro.
Já o ministro, em coletiva realizada no dia 11 de janeiro, disse que o início da campanha de vacinação acontecerá “no dia ‘D’, na hora ‘H’”, isto é, um escárnio para quem teve pessoas próximas vitimadas e aos que querem a proteção através da vacina. Hoje, mais de 50 países já começaram suas campanhas de vacinação.
Importante lembrar, que o mesmo ministro declarou que “todas as vacinas que estão no Instituto Butantan serão incorporadas ao Programa Nacional de Imunizações (PNI)”, como publicado na página oficial do Governo Federal.
Vale ressaltar, que é extremamente importante que todos tomem a vacina, para que a doença seja erradicada. Não diz somente sobre a sua vida, mas assim você protege a vida do próximo. Não é uma escolha pessoal, é uma ação coletiva.
Os resultados da vacina do Butantan, por exemplo, dão esperança. Avaliada em 78% de eficácia de proteção e 100% para casos graves, internações e mortes no primeiro recorte do estudo apresentado e quanto a eficácia geral, apresentada em 12 dejaneiro, ficou em 50,4, de acordo om o Butantan, também sem risco de evolução para casos graves, internação oi morte. (para entender melhor as proporções, confira a arte divulgada pelo Estadão).
